tag:blogger.com,1999:blog-645545086563664914.post3530350597226384220..comments2009-02-07T06:22:02.041+00:00Comments on Logicamente, sim: A lógica do meu Sim (2)Tiago Mendeshttp://www.blogger.com/profile/05928339010211043277noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-645545086563664914.post-78410825410142870432007-02-01T19:45:00.000+00:002007-02-01T19:45:00.000+00:00Questões de facto e mais “razões”
Os restantes pa...Questões de facto e mais “razões”<br /><br />Os restantes parágrafos têm poucos factos e muitas presunções. Exemplo: “nenhuma mulher levará a cabo uma gravidez que não deseja”. Este “facto” apenas, presume três coisas: que as excepções são poucas; que é verdadeira e livremente esse (o de abortar) o “desejo” da mulher; que só não reconhece isso quem convive pouco com mulheres…<br /><br />Vamos às “razões objectivas”, quando fala das 10 semanas. É uma “razão” as 10 serem “mais restritivas” do que…? É uma “razão” o “estarmos perante um compromisso aceitável”? E “aceitável” porquê? Por que é aceitável às 10 a “opção” da mulher e não às 12, etc.? Voltamos à questão da “descontinuidade” que, nos termos em que a coloca – sem nenhuma espécie de razão que se entenda - assenta em mera convenção e puro arbítrio. Mortíferos. E como entender que é “irrevogável” a tal pretensa “defesa da vida”? Por que não pode ser, se o “sim” ganhar, facilmente revogável para as 12, 16, 24 semanas, até sem mais referendos?<br /><br />Nem “razões”, nem muito menos “objectivas”. Apenas e sempre: mais presunções.<br /><br />Uma última nota. O seu post fala em “dilema moral”. Seria dilema se não houvesse uma clara hierarquização de valores. Pergunto: há ou não há razão objectiva para subordinar o valor “liberdade” ao valor justiça (implicando esta no caso o respeito pela vida de quem vive e não fez mal nenhum)? Se, além de Aristóteles, o liberal TM também não estudou Kant, nem sequer aproveitou do trecho citado do liberal Nogueira Pinto, eu lhe respondo: a “liberdade” de, por mera “opção” matar, não é liberdade nenhuma, sim mera licença da força do forte sobre o fraco. E se isto não é liberdade (na mulher grávida ou em quem quer que seja), não cabe nem falar de hierarquização nem há “dilema” nenhum: simplesmente oposição entre a justiça e a negação dela.Duarte Meirahttps://www.blogger.com/profile/09223644675562714510noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-645545086563664914.post-72501494132361465572007-02-01T18:50:00.000+00:002007-02-01T18:50:00.000+00:00Questões de Princípios (2)
Resp. ao parágrafo 7. ...Questões de Princípios (2)<br /><br />Resp. ao parágrafo 7. Se o valor de uma vida humana inocente “às 10 semanas é exactamente igual ao da pessoa” eu lhe respondo: Não “por essa Europa fora”, mas no mundo, são cerca de CINQUENTA MILHÕES DE MORTOS por aborto, em cada ano, segundo números da ONU. Cerca de menos 10 milhões que os mortos na 2ª Guerra Mundial. É uma “calamidade” ? É o estado do mundo e a maneira como vivemos nele. Depois, cada um faz o que pode. Eu, entre outras coisas, tento que um senhor chamado Tiago Mendes não fique moralmente responsável por ir contribuir no próximo dia 11 para essa calamidade.<br /><br />Resp. ao 8. Quem admita “excepções” que lhe responda.<br /><br />Resp. aos 9-10. Se acha sinceramente um “horror moral” essa “indiferença total”, onde está a sua “coerência”? Está obrigada à definição da hora, minuto e segundo em que o “balanço difícil” pende mais para o lado da mulher ou mais para o lado do seu filho. Um balanço “difícil” porque a definição é impossível na realidade: um mero preconceito cultural ou mero arbítrio legal. <br />Por que é que o Estado “deve impor” a penalização, no caso? Porque também impõe a penalização do homicídio. E no caso do aborto ainda muito mais está moralmente obrigado à penalização porque a violência “por opção” é feita sobre indivíduos completamente indefesos e sem culpa. É a capacidade do Estado, como Estado de Direito, que está em causa no próximo 11/2. E isto não é mera questão de “consciência”, subjectiva, mas afecta e afectará objectivamente a qualidade moral de toda a nossa vida social. Pois se os cidadãos já hoje têm não poucos motivos para julgar que o Estado é incapaz, o que pensaremos depois? Que não só é incapaz como cúmplice da injustiça. Acha que os cidadãos podem viver confiados e sem medo com um Estado assim?<br /><br />(Continua)Duarte Meirahttps://www.blogger.com/profile/09223644675562714510noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-645545086563664914.post-31503246950115580672007-02-01T18:42:00.000+00:002007-02-01T18:42:00.000+00:00QUESTÕES DE PRINCÍPIOS
Resp. ao parágrafo 6.
A ma...QUESTÕES DE PRINCÍPIOS<br />Resp. ao parágrafo 6.<br /><br />A maravalha fantasista da “pessoa em potência” é (logicamente) um falacioso espantalho para (psicologicamente) descargo da consciência moral.<br />Nada, nem na realidade física nem na novel “development biology” que directamente a estuda, pode justificar o conceito alegado. O conceito filosófico de pessoa (imagine!) tem origem nos debates cristológicos dos séculos V-VI e num dos seus intervenientes: o cônsul cristão Boécio. Quanto à “pessoa em potência” parece supor que haveria alguma entidade (qual?) ainda não existente em acto e que fosse ou tivesse somente um “potencial”. É elementar ignorância da metafísica aristotélica, caro TM: à parte a (hipotética) “protê hylê” cósmica, o que temos sempre na realidade empírica é uma entidade natural capaz de, no tempo, ir realizando a sua forma específica. A capacidade é a “potência” (“dynamis”); a realização progressiva temporal dela é a “enteléquia”. Acto e potência encontram-se já ab origine: temos uma entidade que, desde o primeiro momento da sua existência temporal, já (por natureza/”physis”) É HUMANA, embora ainda não completamente formada. (Platão e Aristóteles divergiam quanto ao momento desta “completude”, no ciclo da vida humana individual.)<br />O TM não teve tempo de frequentar em Oxford alguma cadeira de filosofia aristotélica. Mas o facto de ser ateu ou agnóstico não implica outra palmar ignorância: a de que há muito quem creia na existência de pessoas não humanas, ou sejam divinas, ou sejam (como acreditam alguns filósofos abortistas na moda) animais. Não há pois “redundância” na expressão “pessoa humana”; o que há é irrelevância (para o caso).<br /><br />Quanto a “forma contínua”, na linha 7, e à “descontinuidade”, duas linhas depois, é um bom exemplo de como a lógica oxoniense de TM nos deixa “breathtaking”, como diz um seu pasmado leitor. E deixa-o a si deontologicamente obrigado ao seu público leitor a provar, com autoridades cientificamente qualificadas, qual é – “no momento em que nasce” – a “descontinuidade” relevante entre o ser humano nascituro e o ser humano recém-nascido.<br />Portanto, a ver se nos entendemos. Os conceitos de pessoa ou não pessoa são irrelevantes para quem queira ver a realidade: com 16 dias ou 16 semanas (de gestação) temos um ser humano em tudo semelhante ao que TM era com esses tempos de vida. E a questão é: por que há-de conceder a lei que um outro indivíduo (a mãe ou quem a obriga) tenha o direito de matar uma vida que não tem culpa nenhuma de ser incómoda para alguns. Se não entende isto, será porque não quer. Se não quer, lamentamos a sua vontade e ficamos cientes, os seus leitores, de que a sua apregoada “lógica” não serve a realidade mas a retórica do interesse.<br /><br />N.B. Insisti no número 16 porque TM continua a ignorar ou a esconder que o decreto lei 19/X/1, aprovado e subjacente ao referendo, também despenaliza ATÉ ÀS 16 SEMANAS “por razões de natureza económica ou social” (sic). <br /><br />(Continua)Duarte Meirahttps://www.blogger.com/profile/09223644675562714510noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-645545086563664914.post-41859838188421691262007-01-31T22:52:00.000+00:002007-01-31T22:52:00.000+00:00Se nenhuma mulher pratica o aborto de ânimo leve, ...Se nenhuma mulher pratica o aborto de ânimo leve, alguém me explica como é que na edição da manhã num destes dias do programa “opinião pública” da Sicnotícias é atendido um telefonema de uma mãe de 2 filhos que, após os ter, já fez 6 abortos em Espanha e não se arrepende disso!? E uma colega universitária minha que prefere fazer sexo sem protecção alguma e, para remediar, toma uns comprimidos que uma tia lhe enviou da Bélgica?! Acho que é sobre estes casos que a lei se devia manter e aplicar!<br /><br />Já agora, mesmo que estes dois casos acima sejam “raras” excepções, como é que se vai evitar que as excepções passem a ser regra? Pela actual proposta de lei, não haveria nada a fazer… <br /><br />A verdadeira necessidade deste país é que se legislem as actuais excepções à lei e se dê meios para praticar o aborto dentro dessas excepções! Porque quem o quer fazer tem de pagar o que o médico e/ou o hospital impuserem! Mesmo as mulheres que engravidaram por violação ou que não têm capacidade física ou psiquíca (como é regra entre as menores de idade) e todas as outras mulheres, previstas pelas nossas excepções, têm que ter “capital” disponível para a “operação”.Zé Nunohttps://www.blogger.com/profile/03246764905922924847noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-645545086563664914.post-22946351981343506622007-01-31T11:37:00.000+00:002007-01-31T11:37:00.000+00:00Mais um excelente e breathtaking texto!Mais um excelente e breathtaking texto!AAhttps://www.blogger.com/profile/13652746087951193105noreply@blogger.com