Tuesday 6 February 2007

Insensibilidade social e surtos surpreendentes de consciência social e inclinação estatista

São as mulheres mais pobres que recorrem ao aborto clandestino e são também elas que chegam diariamente aos hospitais públicos com complicações decorrentes de interrupções realizadas em condições insalubres e atentadoras da dignidade humana. Fingir que as coisas não são assim, revela uma enorme insensibilidade social e esquece as mulheres portuguesas que morreram desde 1998, vítimas de aborto clandestino, bem como o drama das cerca de 1200 que todos os anos entram nas urgências dos hospitais públicos com complicações derivadas daquele acto (números oficiais que pecam por defeito). Chega, por isso, a ser chocante o surto de consciência social que contaminou os defensores do não. Ainda para mais quando muitos deles são acérrimos defensores da diminuição das funções sociais do Estado. [Pedro Adão e Silva]

Nota: não subscreveria grande parte do resto do artigo, certamente que não a escolha de frisar que o Sim "acaba de vez com o assunto" - per se -, mas, o que é bem diferente, que ele o tira da esfera penal. Se acaso o Não ganhar, e por muito que chateie e custe, só poderemos - a seu tempo - voltar ao assunto.

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