Repito-me, para ser absolutamente claro: o ponto-chave do argumento do post anterior não está em Pedro Arroja ser um espírito liberal, mas em Pedro Arroja defender que o estado não deve interferir no dilema moral do aborto e, ao mesmo tempo, declarar que opta pela Abstenção. Claro que não há contradição (ontológica) entre ser-se um espírito liberal e achar que a protecção do feto é um valor suficientemente elevado para justificar a intervenção (legislativa) do estado no dilema moral do aborto. É uma avaliação pessoal e que está para além da lógica (e falo dentro do corpo das ideias liberais). O que me parece passível de ser considerado contraditório - mas que não é necessariamene contraditório, dados o peso dos possíveis "sapos" por engolir - é considerar que o estado não deve legislar sobre o assunto e, simultaneamente, não agir em termos eleitorais da forma que melhor contribuiria para que nos aproximássemos da situação ideal que é defendida pelo autor em questão.
Tuesday, 23 January 2007
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