"Bom, com tanto medo do livre-arbítrio parece-me perigoso andar a defender o liberalismo." [Tiago Geraldo]
Vejo, com surpresa, Paulo Pinto Mascarenhas, ao escrever "sem qualquer ponderação ou o mínimo critério", entrar na lógica de tratar as mulheres como seres infantis, irresponsáveis, que - fica mais que subentendido - não merecem a mesma consideração que nós homens. Fica a sugestão de que elas precisarão, para tomar uma decisão que as aflige e atormenta mais que ninguém, de se encontrar com sociólogos (?), como alguns propuseram, talvez ir a um notário (?), quiçá invadir a RTP a um Domingo para perguntar a Marcelo (?) se ele acha que os motivos que elas têm para fazer o aborto (e pisco o olho a alguns "praxeologistas") se enquadram na sua lista de justificações (ia escrever "justificações aceitáveis", mas não quis travestir as palavras de Marcelo: ele podia ter dito "sem uma justificação aceitável", mas optou, de certeza que conscientemente, por um cabal e sorridente "sem qualquer justificação").
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