De acordo. Também não gosto de referendos sobre estas matérias, mas depois do "arranjinho" entre Marcelo e Guterres, que opção é que havia para ponderar o que quer que fosse, com implicações legais, sobre o tema?
E pergunto: não será o tema também demasiado complexo e intimista para que o Estado imponha uma visão particular a todos? E não será o referendo um "sapo" deglutível face à necessidade de remover essa intromissão? É verdade que a Abstenção, comparada com o Não, contribui na margem para essa remoção. Só estranho um pouco a abstenção quando o argumento usado tem a ver com o "intimismo" do assunto, com o ser uma "questão de consciência", etc. Por outro lado, para quem estranhar de forma tão absoluta que alguns liberais possam estar, num assunto que seja, "ao lado" do Bloco de Esquerda, dá algum sinal de como vê a política e a politiquice. Qual é a impossibilidade de haver uma convergência em determinadas opiniões - que não necessariamente na forma de as fundamentar? Há dias, recebi um email que me "desafiava" a explicar como é que a despenalização (e legalização) do aborto até às 10 semanas podia ser uma medida liberal, quando o PCP concordava com ela. Acho que está respondido.
1 comment:
bem, _isso_ é que eu considero espírito de barricada...
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