skip to main | skip to sidebar

Logicamente, sim

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?» logicamente.sim[at]gmail.com

Saturday, 27 January 2007

Os porquês do Sim de Pedro Lomba

Não tenho argumentos nos quais confie em absoluto. Sou por um "sim" relativista e compromissório. Voto "sim" por um motivo legível: numa controvérsia tão difícil e irresolúvel como a do aborto, o "sim" alarga as nossas possibilidades de resposta aos problemas que o aborto coloca, o "não" fecha essas possibilidades. O "sim" permite-nos evitar as consequências nocivas da aplicação desta lei, conservando o princípio de que o aborto é crime para além das dez semanas. O "sim" permite-nos defender que, sem punição penal para as mulheres que abortem até às dez semanas, o Estado não pode deixar de desmotivar o recurso ao aborto através de centros de aconselhamento e de outros mecanismos de informação e defesa da vida. Vou votar "sim" porque acredito nestes compromissos, porque é no "sim" que encontro maior capacidade para acomodar perspectivas diferentes e combater o arrastamento do problema. Não são razões que me deixem inteiramente confortável. Mas são razões que me fazem pensar que, neste momento, neste Portugal de 2007, o "sim" é a escolha mais desejável.

Subscrevo esta leitura do artigo de Pedro Lomba:

Gosto particularmente do tom, deste reconhecimento da nossa falta de certezas, falta de posicionamento, se quisermos, que é resultado directo da despolitização da coisa.
Posted by Tiago Mendes at 10:45

No comments:

Post a Comment

Newer Post Older Post Home
Subscribe to: Post Comments (Atom)

Blog Archive

  • ▼  2007 (140)
    • ►  February (84)
    • ▼  January (56)
      • Dois posts a ler mais em baixo
      • A lógica do meu Sim (2)
      • O institucionalismo puro
      • Memórias do Prós-e-Contras
      • Céptica, serena, realista
      • Preciosismo, ou talvez não
      • Falácias do Não (7)
      • Mas mata sempre
      • Legalizar não é liberalizar (1)
      • Inocentes úteis
      • A distribuição desigual do livre-arbítrio
      • O riso (que) mata
      • Falácias do Não (6)
      • Uma frase de ouro
      • Uma proposta moderada e conservadora
      • Perguntas
      • Pergunta acessória
      • Outros Sins (3)
      • Falácias do Não (5)
      • Adenda sobre a despenalização dos "fornecedores" d...
      • Cada vez melhor
      • Factos irrelevantes
      • Os porquês do Sim de Pedro Lomba
      • O "dom" da autonomia
      • Da essência e legitimidade do lucro no negócio do ...
      • A incongruência da despenalização assimétrica
      • Outros Sins (2)
      • Falácias do Não (4)
      • Outros Sins (1)
      • Despenalização da autoria moral, mas não da autori...
      • Sucintamente
      • A Lógica do meu Sim (1)
      • Lógico
      • Assimetrias e injustiças
      • Duas incoerências
      • Estratégia e Mercado Alvo
      • O vale tudo
      • Voltámos à falácia das touradas?
      • Clubite e agendas
      • Falácias do Não (3)
      • Créditos devidos
      • 7 x Sim
      • Os X-men
      • Falácias do Não (2)
      • Grato
      • Falácias do Não (1)
      • Da Abstenção para o Sim (2)
      • Da Abstenção para o Sim (1)
      • Um objectivo comum - a individualizar
      • Até ver
      • Argumentos fundamentais para o Sim (1)
      • Comentários, críticas e sugestões
      • A minha preocupação
      • Um dilema pouco relevante
      • Esclarecimento (em jeito de prevenção)
      • Apresentação

Contributors

  • Tiago Mendes
  • Tiago Mendes