Wednesday, 24 January 2007

Os X-men

3 comments:

DAD said...

parabéns pela iniciativa.

Votem em consciência no dia 11 de Setembro (perdão, Fevereiro).

http://anti-aborto.blogspot.com/

Zevelino said...
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Zevelino said...

Quero parabenizar Tiago Mendes por este blog, embora seja a favor do Não, tal como venho a defender no meu blog. No entanto, mesmo sendo do "contra" acho, que esta discussão é importante ser levada, pois só assim é que de facto se levanta o pó desta problemática complicada e chega-se a identificar as verdadeiras razões que levam a uma mulher “querer” abortar.
Considero o "SIM" uma solução, que no fundo apenas é uma solução ilusória, um escape a problemas bem mais profundos da nossa sociedade actual. Referiu um valor marginal de mulheres que efectuariam um aborto de decisão espontânea. No entanto esquece-se de identificar as razões -e espero que venha a reflectir sobre este assunto- da restante maioria das mulheres que efectuem um aborto. Porquê efectuem um aborto? Qual são os motivos que as obrigam a ver o aborto como a melhor solução?
Não tenho a resposta, antes tivesse, pois tornaria este referendo completamente desnecessário, mas como não tenho apenas posso referir algo que reparei, e que aìnda não tenho sido muito discutido:
A problemática todas está a ser focada na mulher, esquecendo-se de tudo restante, mas que de facto tem direitros, deveres e obrigações. Quanto sei, são necessários dois indíviduos para a haver a concepção de um bébé. Então o pai? Não terá obrigações, não terá direitos? Poderá-se desresponsabilizar tão facilmente de uma situação tão complicada, obrigando a mãe acarretar com todos problemas? Há dois pesos e duas medidas? É vergonhoso uma mulher estar grávida e sem homem do mesmo modo que um homem abandonar uma mulher grávida? Ele sofrerá as mesmas discrimações como a mulher? Certamente não, pois tem a vantagem de o facto não se tornar óbvio ao 9º mês. E os direitos? Um homem não terá direito proteger o seu filho/filha mesmo que mãe pretenda abortar? Não terá direitos, porquê? Com certeza sabe melhor que eu, que em qualquer S.A. um accionista que teria 50% das acções teria direito preferencial na aquisição das acções e poderia impor uma providência cautelar evitando que o outro societário tomasse medidas que prejudicariam a empresa. O nosso estado sabe salvaguardar bem direitos do ambito económico, mas parece falhar no direito humano. No gesto que infelizmente têm repetido ao longo de toda a sua história não tem procurado a solução mais adequada, mas sim a mais fácil para os seus governos: Ou se atira com o dinheiro para cima dos problemas, ou se altera o enquadramente legal, de modo a que a populção não incomoda mais. Não tenta chegar ao verdadeiro cerne da questão –pois levantaria mais questões- não toma o tempo necessário par reflectir, pois o calendário eleitoral não o permite -e em breve há novas eleições.
A sociedade em geral, não parece querer ver os verdadeiros problemas, antes prefere oferecer um solução fácil, discreta e barata (pois do ponto de vista económico de facto o é) e não se preocupar com as verdadeiras razões. Numa aparente moralidade, diz “Não” ao aborto, noutra num passo precipitado de querer manter passo com a restante Europa desenvolvida diz “Sim”. Ambas decisões são erradas quando são feitos por essas mesmas razões. Não podemos dizer “Não” por a nossa moral cristã dizar que devemos proteger a vida e no próximo momento tornar essa vida uma razão de discriminação. Devemos proteger a vida sim, é o mínimo que qualquer ser humano pode fazer, mas também devemos deixar de aproveitar essa vida como razão para julgar ou discrimnar. Mas também não devemos dizer “Sim”, num simples gesto resignativo, pelo facto de o estado proibir, mas todos o fazerem. Não podemos apresentar uma solução falsa, por ser cómoda para a maioria, ao mesmo tempo que desresponsbiliza, os progenitores e o estado das suas responsabilidades. Também devemos deixar de querer copiar os nosso vizinhos, ora o modelo Sueco ora o modelo Espanhol, um pouco de menos atenção e estaria a pensar em carros. Cada caso é um caso e uma solução boa para um, é uma solução terrível para outro. Temos recuperar a nossa coragem antiga, de oferecer novos mundos ao mundo, de oferecer novas soluções, novos métodos de abordagem.
Terminando esta resposta mais longa que pretendida, e considerando a data demasiado breve, apenas apelo a não tomar decisões precipitadas, é urgente agir, mas tomar decisões erradas apenas piora o problema. Votem, mas votem sensatamente.

http://zevelino.blogspot.com