Monday, 29 January 2007

Uma frase de ouro

Que resume muita coisa: Longe da vista, longe do coração.

4 comments:

Duarte Meira said...

Resume perfeitamente a posição abortista.

Infelizmente para esta as ecografias puseram-nos à vista e ao ouvido o que muitos gostariam que continuasse invisível e inaudível: às 10 semanas um sistema cardiovascular praticamente formado e um coração que bate cerca de 170 vezes por minuto.

Miguel Madeira said...

quando as ecografias (ou algo similar) mostrar um cérebro a funcionar às 10 semanas (até agora, tudo indica que só começa a funcionar às 20), o campo pró-proibição poderá ter um bom argumento.

Quanto ao do coração, das duas umas, ou adoptamos o critério que uma pessoa começa a existir no momento da concepção (e, nesse caso, não se percebe para quê a insistência no "coração que bate"), ou consideramos que só a partir de um certo grau de desenvolvimento é que o embrião que me deu origem passou a ser eu. Ora, se adoptarmos o ultimo critério (implícito no argumento do coração que bate), parece-me que o orgão que é intrínseco à nossa personalidade é o cérebro, não o coração.

Se me puserem o coração de outra pessoa, eu continuo a ser eu. Se me pusessem o cérebro de outra pessoa, (com as ideias, emoções, recordações, etc dessa pessoa) creio que eu passaria a ser essa pessoa (em rigor não seria um transplante de cérebro mas de corpo).

Duarte Meira said...

Caro Madeira:

Não havia "argumento do coração", apenas encapuchar o título do post comentado a quem serve o barrete.

Essa de o "órgão da personalidade" (!)ser "o cérebro" e dos transplantes de cérebro vamos deixá-las para os especuladores de sofá se entreterem, mais o da "pessoa" ou não pessoa.

Temos um novo ser humano desde desde que concluída normalmente a singamia (entre 24 a 30 horas depois do espermatozóide penetrar o óvulo): é este o chamado "momento" da fecundação.

A partir daqui é um ser humano semelhante ao que o Miguel Madeira era com essas horas, dias, semanas de vida. E que merece tanto viver como o meu amigo.

Um pouco menos de cérebro e mais coração sr. Madeira.

Miguel Madeira said...

"Temos um novo ser humano desde desde que concluída normalmente a singamia (entre 24 a 30 horas depois do espermatozóide penetrar o óvulo): é este o chamado "momento" da fecundação."

E qual é o seu critério para considerar que temos um novo ser humano quando termina a singamia e não quando começa (i.e., quando o espermatozóide penetra no óvulo)?

E, já agora, no caso dos gémeos verdadeiros, considera que a sua vida começou quando terminou a singamia (e, não, digamos, quando o zigoto original se dividiu em dois)?